BeatBossa

segunda-feira, setembro 29, 2008

feed do blogue

Agora quem quiser receber as atualizações do blogue pelo seu feed favorito pode fazer isso. Não sei se antes dava ou não, mas agora sei que dá.
Tem o do G1, da Globo, mas também dá pra usar o do Orkut. Ainda, você pode procurar um leitor de feeds, como o Feedreader que eu acabei de descobrir, onde adicionando seus sites favoritos o programinha te mostra as últimas atualizações do site, que podem ser lidas pelo programa mesmo ou te direcionar para o site onde a matéria está publicada de forma completa.
No orkut no menu esquerdo tem uma opção Apps (que deve ser a abreviatura para aplicativos). Clique em editar. Em seguida na guia "Meus Feeds". Depois cole o endereço do blogue no espaço reservado para adicionar.
Outra opção é subscrever ao lado para receber minhas atualizações via o FeedBurner, ou via e-mail. 

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domingo, setembro 28, 2008

Resumo da semana. Sept 28th, 2008


Não sei exatamente por onde começar. Essa semana passou rápido, acho que foi porque fiz bastante coisa. Na terça fui até o Navy Píer, um lugar bem bacana onde tem o Museu das crianças, uma roda gigante, um chafariz muito show e um cinema digital. O bacana é que tem um serviço de transporte que busca e leva as pessoas para o centro da cidade. Descobri depois que estava lá, daí peguei carona para voltar para o centro. Acabei achando um sebo enorme, devo ter ficado quase uma hora lá dentro, acabei comprando um livro do Stephen King, “Misery”, por us$4, uma paperback-edition, aquelas mais baratas.

Na quarta pela manhã fui a reunião que o programa de pós-gradução faz com os novos alunos de doutorado. Conheci o pessoal novo, deu pra ver que o doutorado deles funciona mais ou menos como o nosso. Eles tem que cumprir créditos em disciplinas obrigatórias e em seminários especializados, escrever dois artigos publicáveis, um no final do primeiro e outro no final do segundo ano, e no final do terceiro ano apresentam a proposta de tese. Provavelmente eles devem ter entrado já com um orientador em vista, mas eles não tem nenhum orientador quando entram, isso eles fazem depois.

Na quinta me encontrei com o Kennedy para discutir o meu trabalho, apresentei minhas idéias, ele gostou, discutimos o assunto e ele me indicou algumas leituras, e me deu um livro que ele acabou de lançar que vou ter que ler durante essa semana. A tarde fui visitar o Art Institute of Chicago, nas quintas depois das 5hrs a entrada é gratuita. Infelizmente algumas galerias com o acervo de arte moderna estão passando por reforma. Acreditem, passei 3 horas lá dentro e vi tudo muito rápido. Tem muita coisa. Arte oriental, africana, indígena, uma sala de design, artigos egípcios, gregos e romanos. Muitas pinturas de artistas americanos do século XVIII e XIX, algumas de impressionistas franceses, Manet, Monet, Lautrec. Ali está o famoso quadro do Edward Hooper, “Nighthawks”, que é simplesmente fantástico ao vivo. Outro quadro absurdamente fabuloso e grande é o “Sunday on La Grand Jette”, 1884, do francês George Seurat, a técnica dele é como se a pintura fosse feita usando apenas pontos, quem sabe o como o Kyle, da série KyleXY desenha, é mais ou menos daquele jeito a pintura, mas o George fez com tinta óleo, e o quadro é enorme, então dá pra imaginar o tempo que levou. Lembram do filme “curtindo a vida adoidado”? quando eles vão nesse museu o Cameron fica encarando um grande e a câmera vai aproximando a imagem do rosto de uma menina no quadro. É esse o quadro. Ah, e dá pra tirar fotos dentro do museu, claro sem flash na máquina. Mas não tem graça tirar foto, são coisas que devem ser vistas ao vivo, mas não resisti e tirei uma foto de um sarcófago e de uma sala inglesa miniatura. Tem uma galeria inteira apenas com miniaturas de interiores de casas inglesas e americanas e a perfeição é absurda.

No sábado, pela manhã fui em uma feira de antiguidades num lugar um pouco afastado do centro da cidade, demorei um pouco pra achar porque desci no ponto errado, mas pelo menos achei o estádio do Bulls, e descobri como é fácil chegar lá. A feira não era lá aquelas coisas. Não era na rua, nem numa praça, e tinha que pagar pra entrar. Paguei meia, us$5. Claro, tinha algumas coisas legais, móveis antigos, tapetes, uma barraca com uma quantidade enorme de discos, roupas usadas, jóias e bijouterias (muitas), cartazes de propagandas antigos, mas extremamente caros, brinquedos antigos. O ambiente era legal, mas se fosse em uma praça, e há muitas praças aqui, a graça seria outra.

Saí dali e no ponto de ônibus encontrei uma brasileira. Ouvi ela conversando com a filha, e foi inevitável fazer a pergunta óbvia: “Você é brasileira?”, ela foi bem simpática. O marido veio fazer MBA e já estão aqui há cinco anos, acabamos pegando o mesmo ônibus, ela me deu umas dicas da cidade, perguntou o que eu estudava, se estava gostando da cidade, essas coisas. Foi bom falar português e ser compreendido, se bem que às vezes converso com voz com uns amigos no Brasil, isso quer dizer que não vou desaprender a falar português tão cedo.

Um guia da cidade recomendava a junção da Clark St com a Belmont Ave, pela agitação, lojas bacanas, bons restaurantes, etc. Pensei que seria um bom programa dar uma caminhada por lá. Lá fui eu. Peguei o metrô e desci na Clark. Só que desci na estação errada, deveria ter descido duas estações depois. Isso eu fui descobrir quando cheguei na Clark com a Belmont e ver que o metrô fica justamente ali. Mas tudo bem, acabei indo a pé até a Belmont Ave. Foi uma caminhada legal, o dia estava bem bonito, havia uma série de barzinhos no caminho, muita gente caminhando na rua, um clima bem bom. Eu estava sem relógio, por isso não faço idéia de quanto tempo caminhei. Parei para comer um cachorro quente num lugarzinho bem bagaceira. Mas como tinha bastante gente comendo ali, fui experimentar. Foi barato, um hot-dog, com fritas, e um copo de Coca-cola custou us$6. O cachorro quente tinha umas coisas estranhas, como duas pimentas, e um pepino azedo enorme cortado ao meio, a salsicha é diferente também. Eu comi um hot-dog do 7-eleven na quinta e a salsicha era bem parecida com a nossa e você poderia colocar o que quisesse nele. Ah, tinha a opção da salsicha ser apenas cozida ou grelhada, pedi cozida, mas depois percebi que grelhada teria sido melhor. A porção de fritas era enorme, não consegui comer tudo e trouxe pra casa o que sobrou. Passei por duas lojas especializadas em quadrinhos, não entrei para evitar a tentação de querer comprar alguma coisa. Mas daí acabei achando uma loja com posters de filmes e deu vontade de levar uns dez embora. No fim acabei comprando o do novo Batman, e o do Pulp Fiction. Depois achei duas lojas que são uma espécie de Brechó-loja-de-fantasia, porque tinha as duas coisas, fantasias e roupas usadas e novas, mas as coisas são misturadas, e você não sabe se aqui é roupa para usar no dia-a-dia ou fantasia. Tinha até um cabide inteiro só com roupas no estilo Big Lebowski. Cabides de camisas organizados por década, 60, 70, 80 e muitas fantasias, claro. Se tivesse uma loja dessa em Floripa, ia virar o paraíso dos punks, dos emos, dos indies, do pessoal da moda, etc porque tem roupa para todos os gostos.

Já ia esquecendo, na minha caminhada pela Clark, ia eu bem tranqüilo quando uma moça me aborda e pergunta se eu teria um minuto, como não tinha nada a perder, parei para escutar ela. Quando eu falei que era brasileiro, ela desandou a falar. Contou que a irmã casou com um brasileiro, mas que ela não lembra o nome da cidade onde eles moram agora no Brasil. Ela já foi visitar eles uma vez, mas se sentiu estranha porque não conseguia entender nada que as pessoas falavam e tinha que pedir para o cunhado traduzir tudo pra ela. Ela gostou do país, das pessoas. Disse que visitou também, Argentina, Chile, Peru e Colômbia. Falei um pouco de mim também, bla-bla-bla. No final das contas ela estava divulgando um projeto de patrocínio a crianças carentes do terceiro mundo. Eu teria que fazer uma contribuição mensal de pelo menos us$20, pelo que entendi, e poderia me corresponder com a crianças, acompanhar o desempenho escolar, receber informações das pessoas que cuidam do futuro dela lá, poderia visitar ela, etc. Lembram daquele polêmico episódio em que os Simpsons vêm para o Brasil. Tudo começou porque a Lisa estava patrocinando uma criança num programa desses. Pelo menos ela falou que não havia crianças sendo assistidas pelo programa deles, mas em outros países da América latina sim, e na áfrica também. Eu poderia escolher. Bom, apesar dela ser simpática, e quase ter me convencido, não dá né. Mal consigo me patrocinar, quem sabe um dia quando eu tiver uma vida normal com salário, um emprego de verdade, um financiamento na Caixa, aí dê pra pensar em ajudar o próximo distante.

À noite fui ver uma apresentação de Jazz na International House, a moradia para estudantes do exterior. O dia todo houve apresentações de Jazz gratuitas em várias partes de Hyde Park e esse era o show final. Começava às 10hrs e ia até as 2hrs da madrugada. Cheguei às dez, mas como a fila para entrar estava grande, só consegui entrar as 11hrs. Como havia umas senhoras muito simpáticas na fila, até que não foi demorado esperar. Claro, um brasileiro começou a criar caso na porta porque queria entrar para chamar um primo e o policial na portaria não queria deixar. Descobri que era brasileiro porque depois veio outro sujeito tentar ajudar ele a convencer o guarda a deixá-lo entrar, mas o policial foi irredutível. Até que enfim o primo do tal sujeito saiu e eles foram embora. O show foi bem bom, um trio de guitarras, um baixo e bateria. Sensacional, os caras destruíram, e teve um momento em que todos pararam de tocar e ficaram parados vendo o baterista solar, divino. A platéia delirou com o solo. A cerveja estava cara, mas tinha uma espécie de cerveja preta barata, Root Beer, meio mentolada, mas gostosa e refrescante, por us$2,50. Como estava cansado, acabei indo embora meia-noite e pouco, foi chegar em casa e desmaiar na cama.

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segunda-feira, setembro 22, 2008

the drums, the drums, the drums


Não gosta? azar o seu.

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mais que humana

Vi na sexta uma exposição no Centro Cultural de Chicago com algumas obras tendo como inspiração Marylin Monroe. Depois que se vê tudo que foi feito tendo essa mulher como objeto, e algumas das fotos que tiraram dela em locação de filmes ou apenas ensaios fotográficos você pensa, e compreende porque algumas pessoas simplesmente não são humanas e entram definitivamente para o nosso paideuma de idolos e deuses contemporâneos, nesse sentido palavras como "ídolo", "adoração", "culto" não são apenas metáforas, mas carregam no ato não outra coisa mas somente sua literalidade.

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Tem filmes que ficam melhores a 
cada vez que a gente os vê.
"Os bons companheiros" é um deles. 
O problema é que me deu vontade de ver
meu segundo filme de gângster favorito: Pulp Fiction.

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quarta-feira, setembro 17, 2008

day #6 15th sept

Fui conhecer meu orientador, Christopher Kennedy. Muito simpático, me mostrou o prédio do departamento de Linguistica e onde fica o laboratório, com os grupos de pesquisa respectivos, fonética, linguistica computacional, semântica, etc. os laboratórios ficam no porão do prédio de ciências sociais (foto), e foram recém reformados porque alagaram ano passado. Vou poder trabalhar ali e também terei uma chave que vou receber na semana próxima. Fui apresentado ao Alan Yu (mais um asiático), que é um dos coordenadores da pós-graduação e coordena o laboratório de fonética, que é quem vai explicar para os novos alunos como funciona todo o programa na próxima quarta. O Kennedy disse que seria interessante que eu participasse para saber como funciona o programa e conhecer os alunos. Também me convidou para uma confraternização de início de ano letivo que deverá acontecer na próxima semana, mas que ainda não tem data certa. Depois fomos tomar um café, aliás o café nas cafeterias é sempre bom. Segundo o Kennedy, a cafeteria do prédio de ciências sociais é um dos melhores lugares do campus pra comer. Comer, claro, doces, salgados, café, refris. Nem sinal de coxinha, empanado, pastel, risoles, etc, Pelo menos tem donut que é muito gostoso.

Depois fui na livraria da universidade onde tem muita coisa legal, mas como tenho que me segurar pra não sair gastando. De material escolar e de escritório a artigos licenciados da universidade, camisetas, moletons, chaveiros, canecas, etc.  só comprei um livrinho de us$12 que o Renato havia me falado sobre, Plato and a Platypus walk into a bar, sobr filosofia exemplificada com piadas, recomendo, tem uma edição brasileira com o título de "Platão e o Ornitorrinco".

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terça-feira, setembro 16, 2008

dia da cerveja


day #4, 14th sept


O final de semana foi interessante. Conheci meu outro colega de apartamento, Daniel, estudante de medicina, nascido na Califórnia, filho de um espanhol e de uma mexicana, e dj nas horas vagas. Ele me contou que esteve no Brasil em fevereiro e conheceu São Paulo, Rio e Bahia, inclusive foi no maracanã ver um jogo do Flamengo, e adorou o país. Ele gosta de música brasileira, Marcelo D2 Rappa, tinha até música do Caju & Castanha no mp3 player dele. Me convidou para ir assistir a um jogo de futebol americano na casa de um amigo. Fui, O amigo dele é um figura, gosta muito de futebol e é fã do Robinho. Ainda não entendi direito como o jogo funciona, mas parece um jogo empolgante. Vimos o primeiro tempo no apartamento do amigo do Daniel, comi um pedaço de bolo de chocolate que a namorada dele tinha feito e fomos assistir o segundo tempo do jogo num bar ali perto. O bar era muito legal, várias telas de tv passando vários jogos ao mesmo tempo, um ambiente muito bacana. Tomamos uma jarra de cerveja, pense numa jarra de quase dois litros, a marca da cerveja era Fat Tire gostosa por sinal, é americana, acho que do Colorado, como uma Kaiser Gold mais encorpada.
o Jogo acabou, o casal de amigos do Daniel foi pra casa e fomos dar uma volta pela cidade. Entramos em um bar em uma região que agora me fugiu o nome. Há várias casas noturnas por ali e muita gente nas ruas. Ele conseguiu colocar nosso nome na lista então não precisamos pagar. O lugar era bacaninha, não tinha nada demais, além de um caixa eletrônico do lado da pista, aliás caixa eletrônico é algo que se acha muito fácil. A cerveja era us$4, considerando que o preço no 
mercado gira em torno da metade disso, acho que não é caro, mas para beber outra coisa é de dez dólares para cima. Ali também acho que trinta por cento das pessoas do lugar eram asiáticos, tomamos uma cerveja, e fomos para um clube de jazz onde um amigo dele estaria tocando e não precisaríamos pagar para entrar. Chegamos meio tarde e pegamos as três últimas músicas. Andy's, um lugar sensacional, bem no centro da cidade, mas pelo menu deu pra sentir que não é barato também, e a entrada seria us$20 se tivéssemos que pagar. A música, claro, era absurdamente boa, e o vocalista um bluesman típico, com um inglês murmurado que eu pouco entendia.
Não lembro direito o que fiz no domingo. Fiz macarrão de almoço, vi o jogo do flamengo pela internet, ouvi o Philosophy Talk, que dá pra ouvir por aqui. Passa ao meio-dia no meu fuso horário, o que quer dizer que passa dez da manhã no Brasil. Um baita dum programa que sempre convida algum filósofo para discutir alguma questão interessante. Dei uma caminhada no final da tarde, fui até o Museu da Ciência e da Indústria mas nao entrei. É bem próximo daqui, e pelo que dizem os guias é um dos mais importantes do gênero no mundo. Vou ter que deixar pra outra hora porque a entrada é us$11 e no momento isso é dinheiro pra caramba, tenho que ver se tem algum dia gratuito, ou se tem desconto pra estudante.
Vou nessa, porque ainda estou dormindo num colchão de ar emprestado e preciso ir dar uma olhada numa cama de verdade.

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sábado, setembro 13, 2008

my chicago diaries

Provavelmente meu blogue vai acabar virando meu diário de bordo, o que é algo legal, porque estou um pouco com preguiça de escrever à mão, e realmente estou cansado depois de passar praticamente dois dias inteiros caminhando. Pelo menos conheço razoavelmente o caminho de casa até a universidade. Tem cada casa sensacional. Descobri que o Hemingway nasceu aqui e algum dia desses vou visitar a casa onde ele nasceu e o museu que fica na mesma rua.
Na sexta caminhei bastante. Fiz o check-in no Office of International Affairs, como estudante estrangeiro tenho que ir lá preencher um formulário, dar meu endereço aqui, eles carimbam alguns documentos meus e pronto. Fui na biblioteca fazer minha carteirinha de estudante da universidade que ficou pronta em um minuto. Depois fui abrir minha conta no Citibank para poder receber minha bolsa, consegui entender tudo que a simpática chinesa me dizia, aliás tem muito oriental por aqui, e a população negra deve ser pelo menos uns 50% do total de habitantes. Conta aberta, depositei meus cheques de viagem na conta, e foi só atualizar meu dados no site do CNPq, e da universidade com minha conta e meu endereço.
Na sexta ainda meu colega de casa Dan me convidou para ir com ele comprar um modem e ir ao mercado. Deu pra dar uma circulada pela cidade, e é legal ver burger king's, wendy's nas ruas. O mercado é como qualquer grande mercado de grande cidade, a comida é apenas um detalhe ali. Tem desde móveis pequenos que você pode montar sozinho, até roupas e eletrônicos. Não vi verduras, mas aqui próximo tem um mercado que só vende verduras e o preço da banana tá bom. O problema é que tudo vem em quantidades tamanho família, o nescafé por exemplo o única tamanho que tinha no mercado devia ser pelo menos umas 200g maior do que o nosso maior tamanho de nescafé. o café em pó achei muito caro, em torno de 6 a 9 dólares. Felizmente achei um em promoção por 4. A vantagem das embalagens grandes é que pelo menos o molho de tomate compensou, paguei menos de u$2 numa lata grande, que provavelmente vai me durar uns dois meses. Também comprei um doce de figo libanês por us$2, mas não gostei, é muito geléia, o nosso doce de figo é melhor. Ah, comi uma torta de maça na quinta, e ela tinha uma geléia dentro também muito enjoativa. Aliás, a comida aqui parece ter uma textura diferente também. O pão parece mais seco. Claro, foi o primeiro pão que eu comprei e como é daqueles de forma acho que vai durar uns quatro ou cinco dias. Ainda não reparei muito no preço da carne. Vi umas bandejinhas de congelados de frango e o preço não varia muito do nosso. Claro, coisas que a gente paga 5 reais eu pago us$5. 
Ontem conheci o Daniel, o hispano-americano que estuda medicina, e dá plantão de trinta horas no hospital da universidade, ele me levou para dar uma volta na cidade à noite e tomar uma cerveja. amanhã eu conto como foi.

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here I am (Or Chicago day #1)

Como já comentaram no meu orkut, parece Hogwarts. Mas não é. É Chicago mesmo, e por aqui estarei nos próximos dez meses. Não é montagem, eu sou feio assim mesmo. Como a maioria dos campus universitários que conheço, este também é um mundo a parte da vizinhança que o circunda, parece um universo paralelo, apesar de todo o bairro ter um cheiro de café, demorei a descobrir o que era, mas depois que fiz o primeiro café aqui, descobri que o café cheira diferente. Vai ver que é porque o café vem da Colômbia, azar o deles, e o meu claro, de não poder tomar café com gostinho de Brasil. Falando em café, em todas as cafeterias que fui os copos de café são enormes. O preço, claro, é do tamanho do copo, e em geral compensa e é bem gostoso. Só não descobri ainda o café ideal para fazer em casa na cafeteira. O "ground coffee" que tem no mercado parece mais grosso do que o nosso pó comum.
Desembarquei no Aeroporto, depois de cumpridas as etapas de alfândega, pegar as malas, andei quase uma meia-hora para achar a saída. Aquele lugar é muuuuuito grande. Uma hora de metrô depois estava eu em Hyde Park, o bairro onde fica o Campus da Universidade de Chicago. 8hrs da manhã horário local. Fui me hospedar na International House para largar as bagagens. A International House é uma moradia estudantil para estudantes americanos e estrangeiros, com vantagens para os segundos, mas essencialmente que estejam no nível "graduate", ou seja graduados cursando PhD, MBA, Post-Doc, e adjacências, que também oferece hospedagem para visitantes. Como não fui esperto o suficiente para fazer reserva tive que pagar 60 dólares para passar a noite, seriam 30 se eu tivesse feito reserva. Pense num lugar bacana com cara de colégio interno británico. é esse o lugar. Claro, os elevadores são super high-tech e tem wire-less em todo o lugar, mas por fora ninguém diz.
Depois fui fazer o check-in com a Dean of Students, algo como a diretora do departamento que cuida da burocracia dos estudantes. Super simpática me explicou tudo que eu precisava fazer e tudo a que terei direito. Me deu um mapa do campus, e me mostrou onde ficam os principais prédios, biblioteca, lanchonetes (não achei um restaurante de verdade ainda), cafés, administração, bancos, emergência do hospital, etc. Depois disso fui procurar um lugar pra morar. Eu tinha visto um lugar pela internet, conversado com o dono e tal. Ele até havia me enviado um contrato, mas seguindo conselhos decidi esperar e ver o lugar primeiro. Não era o que as fotos mostravam e a vizinhança não me pareceu segura. Me pareceu um bairro só de negros, e enquanto caminhava na rua sentia que as pessoas me olhavam se perguntando o que eu estava fazendo ali. Procurei por outras opções na internet. Enviei alguns e-mails. A primeira resposta, liguei para o Dan, e vim visitar o quarto onde estou agora. Lugar bacana, 15 min a pé da universidade, bem localizado, muitas lanchonetes na rua, mercado próximo, um parque fantástico muito próximo também. Fechou. A casa está um pouco sujo porque os meus outros housemates estão meio de mudança ainda, e por isso hoje dei uma limpada na cozinha que parecia meio suja mesmo para os meus padrões (quem me conhece deve imaginar o quanto estava suja) e limpei a janela do meu quarto que literalmente estava preta. Por ora estou dormindo num colchão de ar, como choveu ontem e hoje o dia todo, vou ter que esperar até segunda para procurar uma cama.
Fui comprar uma cerveja hoje pela manhã e brasileira só tinha Xingu, e olhe que o lugar era especializado em bebidas, tinha Heineken de todos os tamanhos, mas podia ter uma Brahma pelo menos. Acabei comprando uma Tecate, mexicana, que até é razoável, parece uma Itaipava, é bem leve e meio adocicada.
Eu vou ficando por aqui. Volto logo pra contar minhas aventuras na cidade do Al Capone.

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