BeatBossa

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

Um poema de carnaval

CARNAVAL DE RUA


Cerveja gelada, banheiro químico, outra cerveja gelada
Banheiro químico, cerveja gelada, morena gostosa
Loira gostosa, mulata sambando, loira safada
Outra cerveja gostosa loira safada sambando
Beijo na boca da morena, cerveja gelada, banheiro químico
Outro beijo na morena, outra cerveja gostosa
Loira sambando gostosa, outra mulata gelada
Batida de alguma coisa doce, mulata gelada
Banheiro químico, outra mulata, outra morena sambando
Cerveja outra loira gelada, químico sambando
Mulata beijo loira beijo cerveja água sambando
Beijo safada, mão bunda mão safada na mão na cerveja
Loira gostosa na mão na cerveja no químico
Cerveja água eu mato eu mato minha cueca
Cerveja loira morena mulata essa mulher me mata
Químico safada lá vou eu cerveja mão loira aquilo
Mulata sam bando de gostosa gelada água quí mico.

domingo, fevereiro 26, 2006

Pra tudo acabar na quarta-feira


Gravura de Frans Masereel


CARNAVAL
CARNAVAL É BACANA
CARNAVAL É CARNAL
CARNAVAL É BACARNAL

* * *

Acordo sem fazer alarde,
Desperto calmo,
Ainda com peso do sono:

Tudo mentira!


Acordo sempre assustado.

Cinco minutos,

Já estou atrasado.

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PÍLULAS DIGESTIVAS

- Carnaval por aqui sem grandes alterações. Comportei-me, beijei na boca, usei camisinha, bebi horrores e felizmente não fiquei de ressaca nem ontem nem hoje, apesar das misturas.
- The Blues Bhothers: é um daqueles clássicos inesquecíveis, que a gente viu na infância e só depois de velho consegue dar valor para uma obra de arte daquelas. Eu que sou fascinado por trilhas sonoras, e por blues, aí já viu, não tem como não adorar. O filme tem algumas curiosidades. De cara imaginei que o filme devia ter batido algum recorde de batidas de carros policiais. Bingo! Foram usados sessenta carros no filme; Steven Spielberg é o cobrador de impostos; além de participações especiais de Aretha Franklin (think), Ray Charles (Shake A Tail Feather), James Brown (The Old Landmark); quando eles estão no elevador da prefeitura está tocando “Garota de Ipanema” no som ambiente. E sem falar da trilha sonora que é um show a parte. E segundo “o estado” em uma pesquisa realizada na Inglaterra, elegeram a trilha como a melhor trilha sonora de todos os tempos. Não acho que seja a melhor de todos os tempos, mas com certeza já é clássica. Mas com certeza está ao lado de grandes trilhas como Pulp Fiction, Moulin Rouge, Snatch e outros que não me lembro. (Só não vale comparar com “Noviça Rebelde” ou “Chicago”, aí é covardia porque estes últimos são musicais genuínos);
- Té que enfim o Flamengo ganhou um clássico este ano. Tirando as caneladas que o Luisão deu na bola, o jogo foi razoável, mas ainda não tem time para ganhar o segundo turno. E se jogar como jogou contra o Asa na Copa do Brasil a coisa vai ficar feia no Brasileirão deste ano, podem escrever. Comparem com a média de gols das últimas vitórias dos grandes de São Paulo: Palmeiras, São Paulo e Corinthians.

"o primeiro amor passou
o segundo amor passou

o terceiro amor passou,
mas o coração continua".

Carlos Drummond de Andrade

domingo, fevereiro 19, 2006

Tristeza não tem fim, felicidade sim...



Gravura da Patrícia Laus
A POLAQUINHA
Descendente de poloneses, palmeirense e membro afiliado do Partido Comunista do Brasil, João se dizia o fã número um de Dalton Trevisan. Talvez até fosse mesmo, além da coincidência do nome, só descansaria quando se casasse com uma Maria. Esquizofrênico de devolver o café expresso porque está frio ou fraco ou querer explicações sobre umas coisinhas negras que boiavam sobre a espuma marrom do seu café, isso é sujeira da máquina, dizia. Traziam-lhe outro igual e ele aceitava, pura morrinha. Colecionava tudo que podia do autor. Entrevistas supostamente dadas por ele. Dizem que os caras mesmo criavam as entrevistas. Como o Dalton nunca desmentiu nada ficava por isso mesmo, só de imaginar ele dando uma entrevista no Jô ele teria quase um orgasmo.
Um dia tentou dissuadir uma prima sua a dar em cima dele, já que soube que pelo que consta ele tem uma tara por ninfetas, e sua prima era uma ninfeta que parecia ter saído de um conto dele, se não fosse isso era pelo menos uma normalista carioca de peça do Nelson Rodrigues. O serviço era fácil, se insinuar para ele, gravar tudo e depois chantagea-lo para que contasse quem era a polaquinha do romance. Simples. Você enlouqueceu! Quer que eu saia de Florianópolis me oferecer para um velho de oitenta anos para que você chantageie o coitado. Vai que ele queira me comer? Ou queira abusar de mim? Você dá pra ele e depois me conta como foi. Pode até ver como é a biblioteca dele, já pensou nisso? sem chance, teria de mirabolar outra estratégia. Mas a informação mais preciosa que queria era saber quem diabos era a tal polaquinha do romance: uma garota de programa? A filha dele que dizem que dava até para cobrador de ônibus? Uma normalista (putz! Normalista é antigo pacas. Alguém ainda fala “pacas”?)? uma filha da pequena burguesia que virou prostituta porque gostava mesmo da coisa? (há mulher que não goste?) uma virgem que foi deflorada e foi expulsa pelo pai de casa já que ninguém mais iria querer casar com ela? A mãe dele? Será que ainda estava viva e tinha uma boca onde se pudesse tomar uma cerveja gelada e barata? Quem sabe tenha casado com algum sargento? A única forma era ir até Curitiba para descobrir. Foi. Como o romance é de oitenta e cinco, escrito provavelmente entre oitenta e três ou oitenta e quatro, na pior das hipóteses ela estaria agora com quarenta anos, na força da mulher! Começou pelo passeio público, perguntou aqui, ali acolá. Acabou descobrindo onde era a casa do homem. Ficou dois dias de vigília na frente da casa do vampiro. Você viu ele? João também não. Depois soube que viajou. Na verdade tinha viajado nada. O mais provável era que tinha fechado uma boca fora da cidade. Costume seu toda vez que lançava um livro. Ia comemorar com a Tia Zefa e descontar sua raiva dos críticos nas nádegas durinhas das meninas da Tia, o grande deflorador, como ficou conhecido nos meios escusos da cidade, mas tudo isso nunca fora divulgado. Ele detesta publicidade, e no final as estórias viram lendas e mitos urbanos. Enfim , após estar perdendo as esperanças de encontrar a dita cuja, quase gasto todo o dinheiro das suas férias rondando os inferninhos do centro curitibano e arredores lhe indicaram um lugar antigo, decadente e bolorento, mais indecente do que o homem nu, onde diziam haver uma tal de Polaquinha. Não se sabia se era mesmo polonesa de ascendência, talvez fosse ucraniana, o que no final das contas dava no mesmo. Não interessava. Após quinze dias na cidade tinha uma pista quente. Achou o local. Conferia. Apesar de ser três da tarde de uma Terça-feira estava aberto. Na vitrola um bolero de Luiz Caldas, um senhor de bigodes grisalho com poucos cabelos lambidos encobrindo a careca lustrosa dançava com uma mulata no centro da sala vazia. Sentou no balcão e pediu um cerveja. Tinha. Mas estava quente. Gelado? Só suco de groselha com gelo. Pode ser. Com esse calor... tomou uns goles. Pediu pela polaquinha. O que quer com ela? Explicou em termos. Não. Explicou que corria a fama da moça pela cidade e queria conhecer as habilidades da rapariga. Desconfiada. A mulher titubeou. Entrou por um corredor escuso. Demorou cinco minutos. O senhor espere que ela já vai lhe atender. Começou a suar frio. Será? É ela mesmo? A mulher avisou que ele poderia entrar agora. Segunda porta a esquerda, é só entrar. Abriu. Uma loira de um metro e sessenta estava deitada só de calcinha de bruços sobre uma colcha que lembrava os panos que via na casa de sua avó há pelo anos vinte anos atrás. Já que nem sua avó nem os lençóis e roupas de cama existem mais. Não podia ser melhor. Uma normalista do Nelson Rodrigues misturada com uma ninfeta curitibana. Checou as credenciais do libelo. De família média. Pai escriturário do Banco do Brasil, mãe dona de casa. Deflorada pelo primeiro namorado... Nem precisa contar o resto. “Sou o primeiro?”. “Claro meu bem...” Mesmo que não fosse a original. Era essa mesmo. Difícil foi explicar para a namorada para onde ele foi que ficou três dias sem dar notícia. Agora sempre que podia dava um jeito de ir a Curitiba. Ou inventava uma desculpa para ir até lá.
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PÍLULAS DIGESTIVAS
- “Lixo literário”. Célebre comentarista, e crítico de literatura digital, aviso-lhe que descobriu a pólvora. Sei da minhas limitações, e também não peço que gostem do que escrevo, só com a leitura fico satisfeito.
- Luisão no Flamengo, enfim um atacante de ofício, espero que permaneça até o final do ano. Pelo menos começou bem, fez gol, mas infelizmente o time só empatou;
- Vi duas coisas legais final de semana: “Terra em Transe” do Glauber Rocha, é muita informação para um filme só. Alucinante o filme tem um clima constante de transe, os personagens parecem em constante delírio, e o Paulo Autran destrói, destrói, impressionante o olhar dele, de arrepiar. Legal é o poeta que não gosta do povo e se diz de esquerda. “O Ponto de Mutação” também é um filme interessante, três pessoas inteligentes discutindo filosofia, política e problemas mundiais, uma cientista física, um político e um poeta, o que possibilita um debate com pelo menos três visões interessantes, práticas ou não, objetivas ou não, mas sempre com clareza, não se prendem em questões nem muito simples nem muito complexas, a relação entre pensamento e realidade é bem nítida, o que torna o filme bem gostoso e no final você não fica com aquela impressão de ter visto uma palestra na universidade. Faz pensar...
- Show dos Stones, pois é, não fui... por que ainda não me matei?
- Estou numa maré de azar impressionante, parece que há uma grande conspiração para que eu não consiga emprego e entre em desespero. Estou tentando manter a esperança e o otimismo, mas não está fácil, até o ânimo para terminar a dissertação está secando. Amanhã vou distribuir uns currículos pela cidade, já que no estado não consegui aula. Tenho uns amigos bens legais que não me avisam das coisas, e quando liguei para a secretaria de educação não me avisaram que uma semana antes havia contagem de horas, tempo de serviço, cursos e tals. Pois é, fiquei no final da lista. Apenas mais de cem pessoas estão na minha frente. Tirando isso passei num processo seletivo para lecionar em uma pequena faculdade em União da Vitória, PR, pois é, não serei chamado, durante o primeiro semestre, dificilmente no segundo e remotamente no próximo ano. Durante os três últimos anos havia bolsa para os três primeiros colocados na seleção para o doutorado, este ano não tem previsão de nenhuma para o primeiro semestre, e remotamente para o segundo. Mas tudo bem, alguma coisa boa tem que acontecer, não posso ser tão azarado assim.
- O problema não é propriamente trabalho, já fiz de tudo um pouco nessa vida, mas estudo para não voltar a ter que fazer de tudo um pouco, e se voltar a trabalhar em qualquer coisa não poderei estudar, então o que faço?
- Como devem ter percebido estou atualizando toda Segunda-feira, e pretendo manter essa regularidade, sei que é difícil manter compromissos, mas vou tentar.
- Ps. Espero sobreviver ao carnaval, quem me conhece sabe que tento me matar todo ano me afogando no copo sem fundo de cerveja;

- Ps2: usem camisinha!!!

domingo, fevereiro 12, 2006

Todo Canalha é magro




Patrícia Arquette

Claro que o conto não é sobre a Patrícia Arquette, é sobre uma pessoa bem menos interessante. A professora universitária Gislaine, Gisa como preferia ser chamada, apelido que criou para não a batizarem de qualquer outra coisa obscena, era dessas figuras que não passavam incólumes. Não, com um jeito arrastado de andar e uma simpatia de político em campanha certamente se daria bem em qualquer coisa que fizesse na vida, mas a última coisa que queria para si era ser atendente de drive-thru no Mac Donald’s, mesmo com a política de progressão profissional da empresa. Sua realização profissional se deu quando foi transferida do curso de história da arte para o departamento de cinema, recém criado e ainda apenas um roteiro que não havia sido escrito, sequer adaptado. Não bastasse isso, se julgava a coqueluche da modernidade na pesquisa literária, videos de câmeras de segurança como narrativas da modernidade, não poderia haver título mais fabuloso, dizia, como ninguém pensou nisso antes?!. E o melhor de tudo: feminista convicta! Com exclamação e tudo. A maior independência que uma mulher pode ter é ir a qualquer lugar sem precisar de um homem que a leve ou empreste as chaves, uma das suas frases favoritas, depois que tirou carta de motorista; vou mandar pintar uma camisa qualquer dia, profética. Na sala dos professores do curso conheceu um jovem professor. Agripino, com nome de velho, recém doutor em semiótica pela USP, parecia que havia herdado as calças que o pai usava nos anos setenta. Uma daquelas cabeças que podem passar horas discutindo o roteiro de um filme de Lynch, mas incapazes de tomar uma cerveja com batata frita num dos botecos em volta da universidade sem sair correndo vomitar quando aquilo tudo lhe caísse no estômago. E o pior de tudo é que você está doido para ouvir alguém falar dos lindos peitos da Patrícia Arquette (parece que só eu percebo essas coisas), e o melhor, é que em estrada perdida, são DUAS Patrícia Arquette. Não acreditei. Como um homem não havia reparado num dos mais belos peitos do cinema? Agora, para delírio do leitor, Agripino, que Gisa quase apelidou de Pipi, somente com muita argumentação o chefe do departamento a dissuadiu dessa loucura, já que o apelido tinha tudo para pegar e o novato seria alvo de gozação dos alunos, estava louco para comer Gisa. Ou melhor, comer o cérebro de Gisa. Na verdade o que fosse mais gostoso. Não entendia como aquela figura esguia de peitos caídos e que usava calças que diminuíam ainda mais as suas pequenas nádegas chatas podia entender tanto de tanta coisa. Tinha até uma hipótese, ela deveria ter sido vendedora da enciclopédia britânica durante a graduação, só pode ser isso. Com aquele jeito de rapaz virgem que vai na farmácia comprar camisinha pela primeira vez e acaba roubando para não passar vergonha, conseguiu convidá-la para sair. Ela só aceitou porque o lugar onde iam não era freqüentado pelo pessoal da universidade, imaginou se alguém me vê com você? Para onde vai minha reputação? Claro que algumas cervejas depois, ela com a libido abrindo-lhe o zíper das calças treparia com o primeiro pinto que aparecesse na sua frente. Agripino a levou para casa, melhor, ela levou Agripino para sua casa, a dela. Claro que quando ele a viu tirando as calças brochou. Não sabia direito se pelas pernas peludas ou pela bunda caída, o que viu primeiro. Dizem que foi depois disso que começou a beber.
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PÍLULAS DIGESTIVAS
- Terminei de ler esta semana a biografia de Nelson Rodrigues escrita por Ruy Castro "anjo pornográfico". Todo mundo que gosta de teatro, jornalismo e principalmente de Nelson Rodrigues deve ler esse livro. Apaixonante, escrito lucidamente, como diz meu amigo Caio, é uma escrita gostosa de se ler. A narrativa te envolve, a estória de Nelson se confunde com a estória do jornalismo no Brasil, com a estória política e social e com o teatro que ajudou a revolucionar. Genial, o homem, a obra, a vida.
- Também li "que loucura!" do Woody Allen. Se eu já o adorava pelos filmes, agora o idolatro pela escrita simples, bem humorada e suas comparações inusitadas, ou o que vier antes, como ele diria. Estórias hiper-realistas, intelectuais que discutem Gramsci enquanto transam. Ele consegue mostrar sua cultura sem ser bossal, e adora tirar um sarro dos que o são. Saudade de quando a globo ainda passava alguns dos seus filmes de madrugada.
- Dei uma passada pelos sebos do centro na sexta-feira para matar tempo, sem compromisso. E quem eu encontro lá? "a polaquinha", cheguei a beijar o livro. Achar a polaquinha num sebo!!! E em Floripa? e o melhor de tudo ainda tinha algumas preciosidades lhe fazendo companhia na letra T da prateleira: "chorinho brejeiro", "a trombeta do anjo vingador", "desastres do amor", "crimes de paixão", "a faca no coração". Seis livros do Dalton numa ida ao sebo? e por cinco reais cada? levei todos. Estou louco para comprar o Sexus do Henry Miller, mas vai ter de esperar...
- E o campeonato carioca heim? Se o Flamengo está participando ainda não me avisaram. Se continuarem com essa de craque o Flamengo faz em casa, importando jogador paraguaio (isso é uma piada!) de segunda mão, poderemos continuar assistindo o América na domingo.
- A dissertação está quase pronta, espero conclui-la no final desta semana, se a semana for tão produtiva quanto as duas anteriores.
- Podia ter colocado uma foto da Patrícia, mas fica para a próxima. Cruzei com essa e adorei.
- O título do conto é apenas para ilustrar como as coisas são. e como algumas coisas nunca serão.


segunda-feira, fevereiro 06, 2006




Será que convido ela pra almoçar e a trago aqui em casa? Distração de adolescente, nem sei do que ela gosta de comer. Poderia ser um restaurante bem modesto, comida artesanal, frutos do mar em uma praia calma, quem sabe na lagoa? Num dia de sol grande e alto, vento fresco, feliz para uma caminhada pela praia para fazer a sesta, a água e o vento não mais frio do que o suficiente para arrepiar os pelos do braço. Hummm... como essa mulher só me dá idéias... eu poderia fazer uma limpeza nessa bagunça, dar uma organizada na sala, nas almofadas grandes, limpar o tapete do chão que ainda deve estar com os cabelos loiros da Cristina, pingos de vinho tinto, cinzas de cigarro e grãos de areia que fugiram da praia. Acendo um incenso de bálsamo para aliviar o ambiente, deixar nossos corpos mais leves, enquanto ela se senta no chão e tira os sapatos apertados eu coloco Nina Simone para tocar. Peço para ela deitar de costas. Começo a lhe fazer uma massagem inocente, nesse momento minhas mãos já quentes entram por dentro de sua blusa e abrem o seu soutien, enquanto muito devagar vou erguendo sua blusa que ela me deixa tirar sem protestar, ou insinue que estou apressando as coisas e me peça para ir mais devagar, ela vai dizer que não sabe se quer isso mesmo, adoro mulher difícil... Me deito sobre ela e retiro os cabelos longos, negros e escorridos de seu pescoço como se envolvesse um feixe leve de plumas. Encosto meus lábios no pescoço e aspiro seu leve perfume de fêmea no período fértil, ao longo toque de meus lábios nesta pele sensível sinto seus músculos retrairem e o arrepio lamber seu corpo, mas o resto vai ter que ficar pra outra hora porque o telefone está tocando, não creio. Alô? Marina? Se eu te disser que estava pensando em você agora mesmo?
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Jenifer Connely, não é fantástica?