BeatBossa

sábado, setembro 13, 2008

here I am (Or Chicago day #1)

Como já comentaram no meu orkut, parece Hogwarts. Mas não é. É Chicago mesmo, e por aqui estarei nos próximos dez meses. Não é montagem, eu sou feio assim mesmo. Como a maioria dos campus universitários que conheço, este também é um mundo a parte da vizinhança que o circunda, parece um universo paralelo, apesar de todo o bairro ter um cheiro de café, demorei a descobrir o que era, mas depois que fiz o primeiro café aqui, descobri que o café cheira diferente. Vai ver que é porque o café vem da Colômbia, azar o deles, e o meu claro, de não poder tomar café com gostinho de Brasil. Falando em café, em todas as cafeterias que fui os copos de café são enormes. O preço, claro, é do tamanho do copo, e em geral compensa e é bem gostoso. Só não descobri ainda o café ideal para fazer em casa na cafeteira. O "ground coffee" que tem no mercado parece mais grosso do que o nosso pó comum.
Desembarquei no Aeroporto, depois de cumpridas as etapas de alfândega, pegar as malas, andei quase uma meia-hora para achar a saída. Aquele lugar é muuuuuito grande. Uma hora de metrô depois estava eu em Hyde Park, o bairro onde fica o Campus da Universidade de Chicago. 8hrs da manhã horário local. Fui me hospedar na International House para largar as bagagens. A International House é uma moradia estudantil para estudantes americanos e estrangeiros, com vantagens para os segundos, mas essencialmente que estejam no nível "graduate", ou seja graduados cursando PhD, MBA, Post-Doc, e adjacências, que também oferece hospedagem para visitantes. Como não fui esperto o suficiente para fazer reserva tive que pagar 60 dólares para passar a noite, seriam 30 se eu tivesse feito reserva. Pense num lugar bacana com cara de colégio interno británico. é esse o lugar. Claro, os elevadores são super high-tech e tem wire-less em todo o lugar, mas por fora ninguém diz.
Depois fui fazer o check-in com a Dean of Students, algo como a diretora do departamento que cuida da burocracia dos estudantes. Super simpática me explicou tudo que eu precisava fazer e tudo a que terei direito. Me deu um mapa do campus, e me mostrou onde ficam os principais prédios, biblioteca, lanchonetes (não achei um restaurante de verdade ainda), cafés, administração, bancos, emergência do hospital, etc. Depois disso fui procurar um lugar pra morar. Eu tinha visto um lugar pela internet, conversado com o dono e tal. Ele até havia me enviado um contrato, mas seguindo conselhos decidi esperar e ver o lugar primeiro. Não era o que as fotos mostravam e a vizinhança não me pareceu segura. Me pareceu um bairro só de negros, e enquanto caminhava na rua sentia que as pessoas me olhavam se perguntando o que eu estava fazendo ali. Procurei por outras opções na internet. Enviei alguns e-mails. A primeira resposta, liguei para o Dan, e vim visitar o quarto onde estou agora. Lugar bacana, 15 min a pé da universidade, bem localizado, muitas lanchonetes na rua, mercado próximo, um parque fantástico muito próximo também. Fechou. A casa está um pouco sujo porque os meus outros housemates estão meio de mudança ainda, e por isso hoje dei uma limpada na cozinha que parecia meio suja mesmo para os meus padrões (quem me conhece deve imaginar o quanto estava suja) e limpei a janela do meu quarto que literalmente estava preta. Por ora estou dormindo num colchão de ar, como choveu ontem e hoje o dia todo, vou ter que esperar até segunda para procurar uma cama.
Fui comprar uma cerveja hoje pela manhã e brasileira só tinha Xingu, e olhe que o lugar era especializado em bebidas, tinha Heineken de todos os tamanhos, mas podia ter uma Brahma pelo menos. Acabei comprando uma Tecate, mexicana, que até é razoável, parece uma Itaipava, é bem leve e meio adocicada.
Eu vou ficando por aqui. Volto logo pra contar minhas aventuras na cidade do Al Capone.

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