BeatBossa

domingo, outubro 05, 2008

primeira semana de aulas


A semana de início de aulas passou bem rápida. Estou assistindo sintaxe, pragmática e métodos de campo. Sintaxe ainda não sei, mas não gostei da professora, que é meio confusa, e o livro texto é apresenta uma proposta de HPSG (Head-driven Phrase Structure Grammar), já vi pessoas apresentando trabalhos em sintaxe por aí usando essa abordagem, vamos ver no que dá. O curso de pragmática também não empolgou ainda. O professor parece ser um cara bacana, mas como a professora de sintaxe está muito preocupado em seguir um livro que a aula fica um saco. Não se sabe se eles estão apenas querendo seguir o livro ou realmente apresentar algum conhecimento sobre o assunto. O prof. de pragmática dá por vezes a impressão de estar dando essa matéria porque ninguém mais quis dar e não parece muito empolgado com o tipo de pragmática que o livro apresenta. Na verdade ele trouxe dois livros texto, um com cada tipo de abordagem. A coisa boa é que ele vai indicar a leitura de alguns textos do Handbook of Pragmatics, Horn et. al., (tem pra baixar por aí). O curso mais bacana acabou sendo métodos de campo (Field methods). A idéia do curso é aprender como coletar dados de uma língua através de elicitação com um falante nativo. Há um sujeito bem simpático de Uganda, falante nativo de Luganda que será o informante. Como só estou assistindo não vou participar ativamente, mas os alunos regulares poderão agendar hora para coletar dados com ele, e terão no final do curso que apresentar um paper sobre algum aspecto da gramática da língua. Há algumas descrições por aí e eles querem tornar essas descrições mais detalhadas. O bom é que vou melhorar meu conhecimento de fonologia, além claro de conhecer um pouco de Luganda.

O bacana da semana foi que já tenho trabalho pra fazer na minha função de pesquisador assistente do Kennedy e do Peter (orientando de Pós-doc do primeiro). Várias coisas pra ler e dados do português para levar pra eles.

Também ocorreu o primeiro chá do departamento. Chá só no nome, porque tinha tudo lá menos chá: sangria, vinho, refri, suco, cerveja. O “Chá” acontece todas as quintas no lounge do departamento, e pelo que me contaram não é usual em outros departamentos da universidade, mas é uma tradição que vem sendo mantida há anos. Acabei conhecendo vários outros alunos, conversa-se sobre tudo, e pelo menos você fica sabendo o que as outras pessoas estudam, conhece os outros professores e alunos, que não estão em sala de aula, e torna a coisa toda mais proveitosa. (algo que definitivamente falta na UFSC, e que deveria acontecer uma vez pelo menos).

Essa semana deve começar os encontros do laboratório de semântica, onde a cada quinze dias alguém apresenta o que está estudando e coloca em discussão o seu trabalho (outra coisa que seria boa, que tentamos e não vingou). Também há um workshop em lingüística e filosofia da linguagem, também quinzenal, no qual vou participar.

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Foto: Navy Pier, não é tão grande olhando de perto.

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