BeatBossa

segunda-feira, janeiro 21, 2008

maus


Eu não havia colocado ainda esse livro ali do lado porque chegou na quinta-feira passada. comecei a ler na sexta e não consegui soltar mais. Pode ser mais um livro na lista dos tantos sobre o holocausto. mas não é. é sim a história de um judeu polonês, Vladek Spiegelman, pai de Art, autor do livro, que sobreviveu a Auschwitz. Com inteligência, tino para negócios e sorte, Vladek conta para seu filho como ele e sua esposa Anja atravessaram aqueles anos turbulentos, viram sua família, seus amigos, tudo o que tinham simplesmente ser tomado deles, desaparecer nas cinzas. Os judeus são desenhados como ratos, alemães como gatos, e americanos como cães, aí interprete a metáfora como quiser e esse é um dos primeiros méritos do livro. Além disso, Spiegelman retrata seu pai como um sujeito amargurado pela perda da esposa, Anja se suicidou se não me engano em 68, e Vladek se casa novamente, mas não tem uma boa relação com a nova esposa Mala. Vladek é um sujeito carinhoso com seu filho, mas não é um sujeito fácil de se lidar. Sua personalidade é transtornada, marcada pela guerra. não admite pequenos desperdícios, poupa pequenas moedas, e seca o saquinho de chá para re-utilizar. Lendo a odisséia dele pelos guetos e campos de concentração dá pra entender porque ele é assim. Ao mesmo tempo vemos Art ansioso por conhecer a história de seus pais, entender seu pai e incapaz muitas vezes de lidar com as idiossincrasias do velho Vladek, que ainda por cima possui preconceito contra negros. A narrativa é comovente, apaixonante, sensível e real.

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